sábado, 27 de outubro de 2007

Paquistão: Militares decapitados em público

Quatro militares paquistaneses foram decapitados ontem, após terem sido capturados durante violentos combates entre o Exército do Paquistão e partidários de um líder religioso de Swat, noroeste do país, anunciou este sábado uma fonte oficial.
De acordo com Badshah Gul Wazir, um responsável local, os soldados foram decapitados em público perto da cidade de Marra.Os oficiais foram capturados pelos combatentes islamitas partidários de Maulana Fazlullah, um chefe religioso que lidera uma campanha a favor da adopção de leis favoráveis aos talibãs.


In: CorreiodaManhã

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Militares e polícias acreditam estar sob escuta

Associações profissionais de militares e da PSP garantem ter "fortes suspeitas" de estarem a ser alvo de escutas telefónicas, relatando episódios "estranhos" e "demasiadas coincidências". Tal como Pinto Monteiro, também eles ouvem "barulhos estranhos" nos telemóveis.
"Temos indícios muito fortes que nos permitem afirmar com segurança que os nossos telemóveis estão sob escuta" garantiu o vice-presidente da Associação Nacional de Sargentos, sargento-mor, David Pereira, ao Público.
Também o coronel Tasso de Figueiredo, secretário-geral da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), assegura que, "nalguns momentos e pelas mesmas razões invocadas pelo senhor procurador-geral da República, tivemos a suspeita de que os nossos telefones móveis ou fixos estariam sob escuta."
Segundo o mesmo jornal, há já militares que, antes de iniciarem uma conversa telefónica, perguntam: "Já cumprimentou os ouvidores?".
Também na PSP há um clima de desconfiança sobre este tema, onde se verificam "demasiadas coincidências e anomalias" a afectar os telefones pessoais de dois dos presidentes de sindicatos, e de outros sindicalistas.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) acredita que há uma polícia secreta, sedeada em Belas, detentota de equipamento que pode efectuar escutas ou simplesmente escutar conversações e identificar o local de origem das chamadas, desde 1999.
Aliás, António Ramos lembrou ao Público o facto de ter ainda um processo pendente "por ter denunciado a existência, dentro da PSP, de uma espécie de polícia secreta, a qual foi desmantelada há cerca de dois anos, mas que, actualmente, estará a ser reactivada", garante.
"Acredito, por experiência própria, que a PSP escuta os seus próprios funcionários, sobretudo os sindicalistas, tal como acredito que agora [desde que o procurador-geral da República levantou a suspeita das escutas ilegais] essas escutas tenham deixado de ser feitas", disse, por sua vez, Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), ao mesmo jornal.
Também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, refere que "há indícios, nos telemóveis, que são estranhos", reconhecendo ainda a existência, na PSP, de equipamento para efectuar escutas .

'Não há escutas ilegais'
O director da PJ, Alípio Ribeiro garantiu ontem que não se fazem, em Portugal, escutas ilegais. As escutas em Portugal "são judiciais e não administrativas, como acontece noutros países", pelo que dependem sempre da vontade das magistraturas. "A PJ é intermediária" do processo, acrescentou, desmistificando a ideia que a Polícia "carrega num botãozinho para fazer escutas telefónicas". Referindo-se a alegadas escutas ilegais, Alípio Ribeiro foi peremptório: "Não há".

'PGR vai ao Parlamento daqui a 15 dias'
A audição do Procurador-Geral da República com carácter de urgência foi aprovada pelo PS, PSD, PCP, CDS-PP e BE na Comissão de Assuntos Constitucionais e deverá ser marcada para daqui a cerca de quinze dias, coincidindo com a semana do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2008. Pinto Monteiro vai ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre as suas declarações relativamente às escutas telefónicas.

In:

Paquistão: Atentado bombista mata soldados

Um atentado bombista ocorrido esta quinta-feira na região noroeste do Paquistão causou a morte a pelo menos 18 soldados e feriu outros 25, anunciaram fontes militares.
O atentado, ao que tudo indica provocado por um engenho explosivo colocado junto a uma estrada, registou-se perto da cidade de Mingora, no vale de Swat, uma região onde a organização terrorista Al-Qaeda conta com apoios.
O engenho explosivo deflagrou à passagem de um camião do Exército que transportava munições e forças paramilitares que vigiam a fronteira com o Afeganistão.

In: CorreiodaManhã

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

«Houve mesmo uma guerra»

O documentário de Joaquim Furtado colocou o dedo na ferida e «avivou a memória» dos portugueses. Foi mesmo uma guerra e não houve só tiros, pois produziu entre 12 a 15 mil deficientes. Ex-combatentes dizem que documentário reproduz a verdade histórica. E mostra que militares «cumpriram a sua missão de forma digna».
A realidade é a mesma, o passado não mudou de repente, e as memórias, essas, vão e vêm, mas nunca desaparecem. Mas depois há vários pontos de vista, várias perspectivas dos factos, vários conceitos do que foi a Guerra Colonial ou a Guerra do Ultramar ou Guerra de Libertação. O documentário «A Guerra», assinado por Joaquim Furtado, que ontem estreou na RTP, teve, pelo menos, o mérito de mostrar que «houve, na verdade, uma guerra», para «avivar a memória».
«Joaquim Furtado fez o comunicado do 25 de Abril no Rádio Clube Português e, agora, fez outro comunicado ao País. Só por isso tem de ser reconhecido», sublinha José Arruda, presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em declarações ao PortugalDiário.
E como todas as guerras, continua este ex-combatente, «não houve só tiros. Há questões humanas. Esta guerra produziu entre 12 a 15 mil deficientes que deveriam ter direito a uma indemnização, uma reparação moral».
José Arruda lembra que os jovens portugueses que participaram nesta guerra foram obrigados, porque tinham de cumprir o serviço militar obrigatório: «Nós fomos todos enganados, arrancados às famílias, estávamos sozinhos».

«Aproxima-se da verdade histórica»

O general Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga Portuguesa dos Combatentes, em declarações ao PortugalDiário, realça o facto de o documentário de Joaquim Furtado se aproximar da «verdade histórica, ouvindo os interveninentes e apresentando factos concretos».
A esperança deste militar é que «daqui resulte a prova de que as forças armadas, durante 13 anos, cumpriram a sua missão de forma digna». Há muitas leituras da História na sociedade portuguesa, diz, e «quando se faz uma abordagem ouvindo as duas partes e pondo de parte as questões ideológicas, resulta num trabalho de informação. Até para os portugueses mais jovens, que não viveram esse tempo».
Os historiadores estrangeiros têm passado uma ideia errada das forças armadas, sublinha Joaquim Chito Rodrigues, e «era importante que se conhecesse a verdade do comportamento geral destes homens numa guerra que foi de defesa das populações e de combate com outras forças que nos combatiam com armas».
As forças armadas, continua este militar, «não perderam a guerra, foram os políticos e isso não está suficientemente claro. A sociedade portuguesa acusa os militares de terem feito a guerra pela guerra, mas foram os políticos que a fizeram». Este documentário, acredita Joaquim Chito Rodrigues, vai provar isso.

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In: PortugalDiário