sábado, 29 de dezembro de 2007

Afeganistão: Impasse político e militar alarma Ocidente

Seis anos depois do derrube do regime dos talibã, a situação no Afeganistão ameaça atolar-se num impasse que está a lançar o alarme nas capitais ocidentais e nas forças militares da ISAF e da coligação liderada pelos Estados Unidos.
As tropas da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), que integra tropas portuguesas, impuseram nos últimos meses uma série de importantes revezes à insurreição talibã, mas a coligação ocidental mostra-se incapaz solidificar os sucessos no terreno transformando-os em êxitos estratégicos.
Apanhadas de surpresa pela ofensiva tabilã iniciada na Primavera de 2006, as forças da ISAF lançaram este ano uma série de operações que infligiram pesadas baixas aos talibã e levaram à morte ou detenção de líderes políticos e militares da insurreição.
A acção da NATO roubou aos talibã a capacidade de iniciativa e conseguiu isolar os redutos controlados pela guerrilha, uma série de êxitos, coroados no início do corrente mês com a retomada de Musa Qala, importante bastião na província de Helmand (Sul) sob controlo dos talibã desde Fevereiro.
Paradoxalmente, este êxito de grande relevo estratégico e simbólico coincidiu com uma série de alarmes lançados em várias capitais ocidentais por causa do risco de uma derrota da coligação ocidental no Afeganistão.
Os êxitos militares da NATO conseguiram conter o crescendo da guerrilha talibã, mas não desalojar a insurreição e sacudir o impasse militar em que a situação ameaça mergulhar. Por outro lado, baseiam-se em boa medida num uso eficaz do poder aéreo, mas com o preço de elevadas baixas civis que diminuem o apoio da população aos esforços ocidentais.
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In: DiárioDigital

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