quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EUA querem defesa antimíssil face a proliferação de ameaças

O embaixador norte-americano na NATO, Ivo Daalder, defendeu hoje a aposta da Aliança Atlântica num sistema de defesa antimíssil, face à proliferação de países com capacidade para um ataque com mísseis balísticos.
Em conferência de imprensa em Washington, Daalder disse que o objectivo fundamental do primeiro dia (sexta feira) da Cimeira da NATO em Lisboa servirá para «revitalizar a Aliança para o século XXI», o que passa por uma nova visão, mas também novas capacidades e organização para enfrentar o «complexo e globalizado» ambiente de segurança internacional.
A revitalização, afirmou, passa pelo novo conceito estratégico da Aliança, que será «decidido, conciso, concreto, curto e directo ao assunto» na definição do papel da NATO e do relacionamento da Aliança com países e organizações parceiras.
«Mas a visão, por si só, não chega. Precisamos de implementá-la e, por isso, propusemos e esperamos que seja aceite um conjunto de capacidades que a Aliança, numa altura de diminuição de recursos, terá de decidir financiar», disse Ivo Daalder.
Os recursos destinam-se a meios para o conflito no Afeganistão, em que a NATO está envolvida através da ISAF (nome da missão), mas também para lidar com as «ameaças do século XXI», como a ciber-segurança e a instalação de um sistema de defesa de mísseis balísticos, «para proteger o território e a população europeus», contra esta «ameaça crescente».
«Esta decisão será um dos assuntos chave que os líderes enfrentam [na cimeira]. Vamos defender-nos ou não, no século XXI, de mísseis balísticos armados direccionados para o território da NATO? Esperamos que os líderes da Aliança respondam positivamente», disse o diplomata norte-americano.
Nesta altura, salientou, a decisão cinge-se ao desenvolvimento desta capacidade e só posteriormente será decidida a forma como a implementar, incluindo a estrutura de comando e controlo e as forças e material a empregar.
Serão os países membros da Aliança, nomeadamente os Estados Unidos, a disponibilizar a capacidade militar, incluindo mísseis interceptores e sensores, que serão integrados no sistema de defesa, adiantou.
Sobre a origem da ameaça, Daalder afirma que «está para além de países específicos», escusando-se a mencionar países como o Irão ou a Coreia do Norte, que têm vindo a fazer demonstrações públicas do desenvolvimento do seu arsenal de mísseis balísticos.
«Estamos a construir um sistema para nos protegermos de mísseis balísticos, em vez de nos focarmos no lugar de onde vem [a ameaça], agora ou depois. (.) Muitos países estão a adquirir» capacidades nesta área, afirmou.
O diplomata norte-americano sublinhou ainda a necessidade de maximizar os recursos disponíveis para aquisição de capacidade militar da Aliança, coordenando os programas de Defesa dos aliados.
«É impossível ignorar o facto de que vivemos em tempos económicos difíceis, que todos os governos enfrentam a pressão de reduzir o orçamento, incluindo na Defesa. (.) Precisamos de investir o que temos mais sabiamente do que fizemos no passado», disse Daalder.
Na Cimeira de Lisboa estará ainda em discussão a reforma da organização, nomeadamente ao nível da estrutura de comando e representação dos aliados na liderança.
In:Lusa / SOL

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Afeganistão: Sete soldados mortos

Sete soldados da NATO morreram em vários ataques no sul do Afeganistão ao longo das últimas horas.
Um “ataque insurgente” causou ontem a morte a morte a dois soldados, precisou a Força Internacional de Assistência à Segurança, na região este do país. Noutro comunicado, a organização anunciou que três soldados perderam a vida noutro acto terrorista na mesma zona.
Além destes dois ataques, a explosão de bombas colocadas junto a estradas no sul do Afeganistão causou a morte de outros dois soldados.
In:Correiodamanha