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Os habitantes de cinco dos mais conhecidos bairros do Rio de Janeiro e milhares de turistas estrangeiros estiveram sob fogo cruzado durante três intermináveis dias, enquanto bandos rivais de traficantes de droga se enfrentavam a tiro e com a polícia. Pelo menos seis alegados traficantes morreram, 12 foram presos e ficaram feridos um número ainda não determinado de criminosos e também de pessoas inocentes. Escolas, lojas e hotéis foram total ou parcialmente encerrados.
O tiroteio começou no final da noite de sábado, quando dezenas de narcotraficantes da favela da Rocinha, na Gávea, armados com pistolas, metralhadora e granadas, invadiram uma favela rival, conhecida como Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana (bairro onde se localiza a maior parte dos hotéis turísticos do Rio), para tentarem dominar o comércio de droga local. Durante a madrugada e dia de domingo intensos tiroteios foram ouvidos no local e centenas de balas atingiram prédios em Copacabana, Botafogo, Jardim Botânico, Lagoa e Humaitá.
O dia mais crítico, no entanto, foi segunda-feira, quando os invasores, frustada a tentativa de ocupação da favela, tentaram sair da Ladeira dos Tabajaras e foram recebidos à bala pela polícia, que os esperava na rua Santa Clara, uma das mais movimentadas de Copacabana.
Ao longo do dia sucederam-se novos confrontos armados, que se estenderam por diversos bairros, deixando completamente apavoradas milhares de pessoas.
CorreioManhã