segunda-feira, 25 de junho de 2007

Brisa pensou nos Motociclistas



Escrito por : Rogério Carmo

A aplicação das saias metálicas tem como objectivo proteger os condutores dos veículos de duas rodas de um eventual choque com os suportes metálicos (chamados prumos) dos rails que, em caso de acidente, podem decepar-lhes membros ou causar graves lesões a partir de velocidades tão baixas quanto 40 km/h.

As protecções (saias metálicas) vão ser colocadas em cerca de 400 locais, cobrindo cerca de 50 quilómetros, identificados como sendo os mais perigosos para os motociclistas nas auto-estradas e respectivos acessos desde a A1 até à A14.

A Brisa garante ainda que estas protecções serão posteriormente aplicadas nos cerca de 1100 quilómetros que compõem toda a rede de auto-estradas no País.

Um exemplo que deveria ser seguido pela Estradas de Portugal e pelas Autarquias que teimam em manter-se de costas viradas para a lei.

A colocação destas protecções nos rails das auto-estradas surge no cumprimento da legislação aprovada na Assembleia da República em 2004 (a Lei n.º 33/2004), na sequência da muita pressão exercida por diversos grupos de Motociclistas que, desde há mais de 10 anos, altura em que para chamar a atenção e resolver alguns problemas em locais mais perigosos, os próprios colocavam pneus usados a cobrir os referidos prumos, reivindicando assim uma forma de aumentar a segurança.

As curvas dos acessos das auto-estradas, que devido ao ângulo mais fechado provocam derrames dos depósitos de combustível das outras viaturas e tornam o piso escorregadio, causavam e continuam a causar acidentes frequentemente nesses locais onde as principais vitimas são precisamente os motociclistas.

Em Portugal existem cerca de 600.000 utilizadores de motociclos, que vêm nesta decisão uma esperança para a regularização de um problema que tantas vitimas tem causado.

Portugal é o primeiro país Europeu a ter uma lei deste tipo, que defende que a protecção de uns (os rails são aplicados sobretudo para proteger os automobilistas) não pode ser a desgraça nem causar a insegurança de outros utentes das vias publicas.

In : Motociclismo.pt

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