terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sem soldados não há combates

O falhanço dos países membros da NATO em enviar as tropas prometidas para o Afeganistão demonstra uma vontade «flutuante», que entrava os progressos da missão que não pode ter sucesso apenas com os militares, advertiu um alto responsável da NATO.
«Um breve olhar para a determinação da nossa aliança quanto à sua missão no Afeganistão demonstra reais pontos fracos», afirmou segunda-feira o comandante em chefe das forças aliadas na Europa, o general norte-americano John Craddock, durante uma conferência no Royal United Services Institute (RUSI) de Londres.
Tendo em vista as restrições colocadas pelos governos nos locais onde as tropas da NATO podem operar e a «nossa incapacidade constante de colmatar as necessidades declaradas como necessárias no teatro de operações, demonstramos uma vontade política que é por vezes flutuante», prosseguiu.
«É esta vontade política flutuante que entrava os progressos operacionais e coloca em questão a pertinência da aliança no século XXI», indicou.
O general norte-americano John Craddock referiu que a guerra contra os rebeldes talibãs não pode ser vencida apenas pelos militares, necessitando de um esforço mais amplo em matéria de desenvolvimento e de reconstrução.
«Nós, a comunidade internacional, devemos trabalhar em conjunto no âmbito de uma abordagem realmente global», sublinhou, antes de considerar que «o actual esforço continua dividido no tempo e no espaço».
Craddock criticou a ausência de um «sistema judiciário realmente funcional» no Afeganistão que faz com que «numerosos afegãos pensam que a justiça dos talibãs oferece uma alternativa mais eficaz».
«O governo afegão e a comunidade internacional devem atacar este problema, que é um elemento essencial de um sucesso duradouro», referiu.
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