Rússia - Mortos por asfixia
Um acidente num submarino nuclear russo fez ontem pelo menos vinte mortos e 21 feridos. Os contornos do caso não são inteiramente claros, mas fontes oficiais afirmam que tudo aconteceu depois de os sistemas de combate a incêndios dispararem por acidente, asfixiando 17 funcionários civis da empresa construtora do submarino e três marinheiros.
O acidente é o mais mortífero em submarinos russos desde a explosão do ‘Kursk’ no fundo do Mar de Barentes em 2000 e aconteceu durante testes de um novo submarino nuclear no Mar do Japão.
O Kremlin não confirmou a identificação do submarino acidentado, mas fontes no porto de Vladivostok, sede da frota do Pacífico, afirmam tratar-se do ‘K-152 Nerpa’, da classe Akula, a mais avançada da frota russa.
O porta-voz da Marinha russa, capitão Igor Dygalo, assegurou que o reactor nuclear não sofreu danos e que não há fuga de radiação.
"Os resultados das investigações preliminares revelam que as mortes aconteceram por inalação de gás fréon", afirmou o gabinete do procurador-geral. Aquele gás é usado nos sistemas de extinção de incêndios e actua por eliminação do oxigénio do ar.
Uma das questões que se põem é por que razão o pessoal de bordo – na altura havia 208 pessoas no submarino, quase três vezes mais do que a tripulação normal – não recorreu às máscaras antigás disponíveis nos submarinos. "É possível que algumas pessoas tenham demorado a colocar as máscaras ou nem mesmo tivessem acesso a elas", explicou Ruslan Pukhov, director do Centro para Análise de Estratégias e Tecnologias.
Há também dúvidas quanto ao número de vítimas. As mulheres de alguns tripulantes afirmam não ter recebido notícias dos maridos, apesar de os nomes não constarem das listas de mortos e de feridos.
Para alguns analistas, este novo acidente revela que a capacidade militar russa está longe de poder dar resposta aos desejos de afirmação política e estratégica do Kremlin.
CorreioManhã
O acidente é o mais mortífero em submarinos russos desde a explosão do ‘Kursk’ no fundo do Mar de Barentes em 2000 e aconteceu durante testes de um novo submarino nuclear no Mar do Japão.
O Kremlin não confirmou a identificação do submarino acidentado, mas fontes no porto de Vladivostok, sede da frota do Pacífico, afirmam tratar-se do ‘K-152 Nerpa’, da classe Akula, a mais avançada da frota russa.
O porta-voz da Marinha russa, capitão Igor Dygalo, assegurou que o reactor nuclear não sofreu danos e que não há fuga de radiação.
"Os resultados das investigações preliminares revelam que as mortes aconteceram por inalação de gás fréon", afirmou o gabinete do procurador-geral. Aquele gás é usado nos sistemas de extinção de incêndios e actua por eliminação do oxigénio do ar.
Uma das questões que se põem é por que razão o pessoal de bordo – na altura havia 208 pessoas no submarino, quase três vezes mais do que a tripulação normal – não recorreu às máscaras antigás disponíveis nos submarinos. "É possível que algumas pessoas tenham demorado a colocar as máscaras ou nem mesmo tivessem acesso a elas", explicou Ruslan Pukhov, director do Centro para Análise de Estratégias e Tecnologias.
Há também dúvidas quanto ao número de vítimas. As mulheres de alguns tripulantes afirmam não ter recebido notícias dos maridos, apesar de os nomes não constarem das listas de mortos e de feridos.
Para alguns analistas, este novo acidente revela que a capacidade militar russa está longe de poder dar resposta aos desejos de afirmação política e estratégica do Kremlin.
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