segunda-feira, 18 de junho de 2007

EXERCÍCIO "APOLO 07"


EXERCÍCIO "APOLO 70"
Escrito por Luís Oliveira, Viseu/CM
17-Jun-2007
Tropa: Exercício ‘Apolo 07’ simula cenários no estrangeiro
Elite do Exército treina para missões arriscadas

Nuno André Ferreira

O ‘Apolo 07’ foi seguido de perto por ‘espiões’ do exército russo. Dezenas de ‘páras’ foram lançados
A zona de Monfortinho, em Idanha-a-Nova foi ontem palco de um exercício de grande envergadura executada pela Brigada de Reacção Rápida (BRR), a elite do Exército, no qual participaram 1500 militares – pára-quedistas, comandos e forças especiais –, uma companhia do exército espanhol e seis percursores brasileiros. O exercício foi seguido de muito perto por uma equipa de oficiais do Exército da Rússia, que quis assistir ‘in loco’ à forma como os militares lusos treinam a sua operacionalidade.
Os russos ficaram “surpreendidos” com a organização das forças da brigada, observaram o armamento e tiraram muitas fotografias. O dia ficou marcado por dezenas de lançamentos de pára-quedistas que foram transportados da Base de S. Jacinto até Monfortinho em dois aviões C-130.

Para o exercício, Monfortinho transformou-se por algumas horas numa zona de Zululand – um país do sudoeste africano que está prestes a ser invadido pelas forças inimigas. O objectivo foi a evacuação de não combatentes apanhados no conflito. Os militares chegaram de avião (pára-quedistas) e de helicóptero (comandos e forças especiais) e aniquilaram as forças inimigas.

O ‘Apolo 07’ é considerado um exercício de “extrema importância” para os militares da BRR. O objectivo, segundo o major general Carlos Jerónimo, comandante da brigada, é “treinar o controlo, desenvolver o planeamento e a execução de uma operação aerotransportada no âmbito de uma operação ofensiva”.

O oficial afirmou que são estes treinos que testam a operacionalidade da BRR e deu como exemplos os recentes incidentes verificados no Afeganistão e o que se passou em Março, quando uma companhia esteve prestes a ser enviada para o Congo e “ficou pronta em 12 horas”. “Muitas vezes a acção ultrapassa o limiar das operações de manutenção de paz. Há teatros de operações que exigem vastos conhecimentos tácticos”, adiantou o major general Carlos Jerónimo.

Desde a sua criação – em 1996 – a BRR já destacou 14 batalhões para cumprimentos de missões nos teatros de operações da Bósnia, Kosovo, Timor, Iraque e Afeganistão, onde actualmente estão 150 militares.

PARTICIPANTES

- Os oficiais russos destacados para seguirem a operacionalidade lusa inteiraram-se do armamento que está à disposição dos militares da Brigada de Reacção Rápida.

- Seis percussores do exército brasileiro estão desde o início do mês a participar no ‘Apolo 07’. O mesmo acontece com uma companhia espanhola.

- As três forças que compõem a Brigada de Reacção Rápida – comandos, pára-quedistas e forças especiais – mostraram os meios que dispõem.

In CM
In Passa-Palavra-Jornal Comando

Sem comentários: