domingo, 15 de julho de 2007

Vasco da Gama partiu para a Índia há 510 anos

Travessia começou em Belém e só acabou um ano depois


8 de Julho de 1497 é uma data histórica, pois foi nesse dia que as caravelas partiram de Belém em direcção à Índia. Entre os navegadores surgia uma figura única: Vasco da Gama, um visionário que ajudaria Portugal a figurar nas páginas da história mundial.
A expedição era composta pelas naus São Gabriel, São Rafael e Bérrio. E 510 anos depois continua a ser memorável a travessia, num trajecto nunca antes feito, que levou os barcos a passar o Cabo da Boa Esperança a 18 de Novembro e a chegar a Calecute a 20 de Maio do ano seguinte.
Ficou, então, estabelecida, a Rota do Cabo, que passou a unir, pelo percurso das naus, o Atlântico ao Índico.

VASCO DA GAMA



Biografia
Filho do alcaide-mor de Sines, Estêvão da Gama[2], o rei D. Manuel I (1495-1521) confiou-lhe o comando da frota que, em 8 de Julho de 1497, zarpou do Rio Tejo em demanda da Índia, com 150 homens entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro pequenas embarcações:
São Gabriel, feita especialmente para esta viagem, comandada pelo próprio Vasco da Gama;
São Rafael, também feita especialmente para esta viagem, comandada por Paulo da Gama, irmão do capitão-mor;
Bérrio, rebatizada como São Miguel, mas que continuou a ser conhecida pelo seu nome original, sob o comando de Nicolau Coelho; e
uma naveta para transporte de mantimentos, sob o comando de Gonçalo Nunes, que foi queimada perto da baía de São Brás, na costa oriental africana.
Em 2 de Março de 1498, completando o contorno da costa africana, a armada aportou a Moçambique, depois de haver sofrido medonhos temporais e de Vasco da Gama ter sufocado, com mão de ferro, uma revolta da marinhagem.


O piloto que o sultão da Ilha de Moçambique lhe deu para o conduzir à Índia, foi secretamente incumbido de entregar os navios portugueses aos mouros em Mombaça. Um acaso fez descobrir a cilada e Vasco da Gama pôde continuar até Melinde, cujo rei lhe forneceu um piloto árabe, conhecedor do Oceano Índico.
Em 17 de Abril de 1498, avistou Calicute. Estava estabelecida a rota no Oceano Índico e descoberto o caminho marítimo para a Índia.
Vasco da Gama regressou a Lisboa no verão de 1499, um mês depois de seus companheiros, pois teve de enterrar o irmão mais velho (Paulo da Gama que adoecera e acabara por falecer na ilha Terceira, nos Açores.
D. Manuel I recompensou este glorioso feito, nomeando o navegador Almirante-mor das Índias e dando-lhe uma renda de trezentos mil réis anuais que passaria para os filhos que tivesse. Recebeu, conjuntamente com os irmãos, o título de Dom e duas vilas, em Sines e Vila Nova de Milfontes.
Voltaria mais duas vezes à Índia, de que foi governador e segundo vice-rei para lutar contra os abusos existentes que punham em causa a presença portuguesa na região. Vasco da Gama começa a actuar rigidamente e consegue impor a ordem, mas vem a morrer em Dezembro desse mesmo ano em Cochim, sendo os seus restos mortais trazidos para Portugal, mais concretamente para a Igreja de um convento carmelita, conhecido actualmente como Quinta do Carmo (propriedade privada).


A presença das ossadas na vila alentejana da Vidigueira, prende-se com o facto, de o Rei lhe ter atribuido o título de Conde de Vidigueira (a si e aos seus descendentes) em 1519. Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões. Há quem defenda, porém que, os ossos de Vasco da Gama ainda se encontram naquela vila alentejana; Se é lenda ou não, não se sabe. Como testemunho da eventual trasladação das ossadas, em frente da estátua do navegador, temos a antiga Escola Primária Vasco da Gama, em Vidigueira (que serviu de moeda de troca para obterem permissão para efectuar a trasladação), onde se encontra instalado o Museu Municipal de Vidigueira.

Descendência
Da sua esposa, D. Catarina de Ataíde, teve cinco filhos: Francisco, Estêvão (governador da Índia) , Paulo, Cristóvão e Pedro. Alguns acompanharam-no e vieram a desempenhar cargos importantes no Oriente.
In: Wikipédia