segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Angola - Polícia desmantela exército privado que actuava em Luanda

A polícia angolana anunciou hoje ter desmantelado um exército privado que actuava em Luanda, numa operação que permitiu a detenção do seu líder e de cerca de meia centena de elementos que integravam aquela força paramilitar ilegal.

A operação policial, hoje divulgada pela Polícia Nacional, decorreu sexta-feira e sábado, na sequência de uma investigação iniciada há cerca de dois meses.
«A 09 de Setembro foi detido um indivíduo que usava uniforme militar, tendo as forças de segurança sido alertadas pelo facto de não estar a usar correctamente o uniforme», disse à Lusa o porta-voz da polícia, Divaldo Martins.
Segundo este responsável policial, o indivíduo detido «era portador de um passe das denominadas Forças Armadas Estratégicas de Segurança de Angola», instituição que não existe no país.
Na sequência desta detenção, teve início uma investigação que culminou com a detenção de um homem de 54 anos, identificado como Martinho Ngola, também conhecido como 'Lacrau Ngola Yetu', que é o presumível líder deste exército privado.
Martinho Ngola foi detido no município de Viana, arredores de Luanda, onde estava localizada a sede deste grupo armado, que também tinha instalações do município do Cacuaco, a norte da capital angolana.
Nesta operação policial, foram ainda detidos 46 alegados membros deste grupo e apreendidas várias armas de fogo.
Apesar de Martinho Ngola se intitular general e usar divisas e uniforme militar, o porta-voz policial assegurou à Lusa que ele «não pertence às Forças Armadas Angolanas (FAA)».
Divaldo Martins escusou-se a concretizar as actividades que terão sido realizadas por este grupo, mas revelou que os detidos são acusados dos crimes de uso indevido de uniforme militar, burla, associação criminosa e reunião ilegal, entre outros.
Segundo o porta-voz policial, Martinho Ngola recrutava elementos para este exército privado «prometendo a integração no Exército e na Polícia Nacional», além da garantia da integração na caixa de previdência dos militares angolanos.
In: Lusa/SOL

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Carlos Almeida,obrigado pela tua visita ao meu canto!

Mama Sume!