quinta-feira, 8 de novembro de 2007

SIS e PJ seguem entre 20 a 30 pessoas ligadas ao terrorismo


Entre 20 a 30 pessoas com perfil semelhante ao argelino Samir Boussa - detido anteontem, no Porto, no âmbito de uma operação internacional antiterrorista desencadeada pela Polícia de Milão e em prisão na cadeia de alta segurança de Monsanto (Lisboa) - estão a ser seguidos e acompanhados por agentes do SIS e da Polícia Judiciária (PJ).
A garantia é dada na edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias, que assegura que, tal como Samir, estes indivíduos têm ligações a grupos conotados por várias polícias da Europa com actividades terroristas.
Entretanto, a Polícia italiana acredita, também segundo o JN, que as detenções efectuadas, anteontem, em Portugal, em França, em Reino Unido e, sobretudo, em Itália, desarticularam uma rede que operava na área da logística do terrorismo da al-Qaeda - recrutamento de suicidas e posterior envio para o Afeganistão e Iraque -, embora existiam, ainda, por executar quatro mandados internacionais de detenção.
Contrabando e falsificação de documentos eram as principais actividades exercidas pelos detidos, tendo em vista o financiamento de acções terroristas.
Samir Boussa e um seu irmão chegaram a integrar o Grupo Salafista pela Pregação e Combate (GSPC), organização que uniu várias redes estabelecidas em todo o Norte de África e que, já este ano, assumiu a denominação de al-Qaeda do Magrebe. O certo é que tanto o SIS como a PJ verificaram que Samir tinha bastantes contactos internacionais.
As autoridades portuguesas passaram a vigiar as movimentações de Samir Boussa em 2004, depois de ter mantido contactos com 11 magrebinos que foram detidos numa pensão do Porto, na altura do arranque do Euro 2004.
Estes magrebinos estavam associados ao Hofstadt, grupo fundamentalista com base na Holanda cujos membros são, na maioria, magrebina.
O grupo está também ligado ao assassinato do cienasta holandês Van Gogh, sendo que foi através de escutas telefónicas, tal como o contrabando que fazia, que se estabeleceu a relação entre Samir Boussa e os restantes indivíduos detidos anteontem.
A operação, desencadeada por ordem do Ministério Público de Milão, baseia-se na ligação dos detidos com a célula radical Liguria, desactivada em 2002 e reactivada em 2004.
A célula, que tinha a função logística atrás referida no quadro das operações da rede de Osama bin Laden, ficou desmembrada.
In: DiárioDigital

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