domingo, 18 de janeiro de 2009

Faixa de Gaza - Cessar-fogo quebrado pelo Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, admitiu este domingo que o cessar-fogo na Faixa de Gaza é “frágil”, depois de o movimento radical Hamas ter disparado mais mísseis artesanais contra Israel, o que motivou novos bombardeamentos por parte do exército israelita.
“Lançámos um ataque contra um comando de activistas que estavam a lançar mísseis”, disse Olmert, antes da reunião do Conselho de Ministros semanal. “O Hamas demonstrou uma vez mais hoje de manhã que o cessar-fogo é frágil e deve ser reavaliado minuto a minuto”, considerou.
O Governo de Israel anunciou sábado umcessar-fogo unilateral nos combates com o Hamas, mas o movimento palestiniano não subscreveu a trégua por esta não implicar a imediata retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
“Se o Hamas parar totalmente os ataques, decidiremos qual o momento para sair de Gaza”, disse Olmert, sem estabelecer um calendário para a possível retirada das tropas israelitas.
O Hamas quebrou hoje de manhã a trégua ao disparar rockets que atingiram uma cidade do sul de Israel. “Cinco rockets foram disparados da Faixa de Gaza, quatro dos quais atingiram Sdérot sem provocar vítimas nem danos”, precisou um porta-voz militar israelita.
Pouco depois dos disparos, Israel respondeu com um ataque aéreo que terá causado dois feridos, uma mulher e uma criança.
Entretanto, os serviços de emergência em Gaza anunciaram a descoberta dos corpos de 95 palestinianos sob os escombros de edifícios alvo de ataques israelitas. Não contando com as vítimas hoje encontradas, a ofensiva ‘Chumbo endurecido’ já causou a morte de 1.206 palestinianos e ferimentos em mais de 5.300.
IRÃO EXIGE RETIRADA DAS TROPAS
O Irão exigiu a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza, considerando que o cessar-fogo unilateral não é suficiente.
“A simples paragem dos ataques sem a retirada das suas forças das posições ocupadas não é suficiente para pôr um termo aos confrontos e é necessário que as forças deste regime deixem as zonas ocupadas em Gaza”, afirmou Manoucher Mottaki, chefe da diplomacia iraniana.
“A presença destas forças nestas zonas é uma provocação e não há nenhuma garantia para uma paragem dos confrontos”, acrescentou.
CorreioManhã

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