terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Chade - Portugal manda força de 30 militares

A decisão de enviar um destacamento da Força Aérea portuguesa, durante dois meses, para integrar a missão militar da União Europeia no Chade não sofreu alteração, apesar da violência que se vive naquele país.
“A questão, por agora, não se coloca”, declarou ontem fonte do Ministério da Defesa, sublinhando que a missão só partirá para o Chade em Março, altura em que a situação já deverá estar mais estabilizada. O destacamento da Força Aérea será constituído por um Hércules C130 com a respectiva tripulação e trinta militares de apoio, além de dois oficiais. Os custos da participação portuguesa ascendem a 2,2 milhões de euros. O chefe da diplomacia da UE, Javier Solana, assegurou que a missão militar no Chade se vai manter apesar de estar suspenso o seu destacamento devido aos violentos combates dos últimos dias.
Ontem, na capital do Chade, N’Djamena, a situação acalmou após a retirada dos rebeldes, no domingo. Os confrontos fizeram um número indeterminado de mortos e o Conselho de Segurança da ONU condenou os ataques rebeldes. Estes, porém, já fizeram saber que a retirada foi “estratégica” e que se estavam a reagrupar “às portas da cidade” para tentar depor o presidente Idriss Déby.

MILHARES EM FUGA

O clima de violência fez com que milhares de civis – pelo menos 15 mil – fugissem já de N’Djamena para os Camarões. A situação continua tensa e bastante instável, tendo prosseguido as evacuações – via Libreville, Gabão – para Paris. Pelo menos 363 estrangeiros, incluindo dois funcionários portugueses das OGMA, foram ontem retirados do país, depois de na véspera terem sido evacuados três outros cidadãos lusos.
In:Correio da Manhã

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