sábado, 8 de março de 2008

Israel em alerta encerra Cisjordânia

Após o atentado que vitimou nove estudantes talmúdicos em Jerusalém ocidental, Israel impôs ontem um cerco total aos territórios palestinianos da Cisjordânia que deverá prolongar-se por pelo menos 36 horas.
O tiroteio no seminário Merkaz Harav foi entretanto reivindicado pelo Hamas, mas algumas fontes asseguram que o atirador, Ala Abu Dhaim, recebeu ordens de uma célula externa relacionada com o Hezbollah. Aliás, a reivindicação inicial partiu justamente das Brigadas da Liberdade da Galileia, ligadas ao grupo radical libanês.
Além do cerco aos territórios palestinianos, Israel está em estado de alerta, reforçou a segurança em Jerusalém e limitou o acesso às orações de sexta-feira na mesquita de al-Aqsa, no centro da cidade santa. Apesar destas medidas, o governo do primeiro-ministro Ehud Olmert assegurou que manterá as negociações de paz com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana. Apesar disso, o executivo israelita instou Abbas a fazer mais para dominar os movimentos radicais palestinianos.
Entretanto, vizinhos e familiares do atirador em Jerusalém Oriental afirmaram que Dhaim trabalhou em tempos como condutor para o seminário onde levou a cabo o massacre. O Hamas considerou o ataque ao seminário uma retaliação pela ofensiva de Israel em Gaza, que custou a vida a pelo menos 70 palestinianos. No entanto, fontes em Gaza afirmaram à CNN que a ala militar do Hamas se distanciou do atentado, bem como as chefias do movimento em Gaza e Cisjordânia.

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