sábado, 8 de novembro de 2008

Marinha espera há 3 anos por dois navios-patrulha

Já têm número de «amura» e a cor que convém à Armada Portuguesa. Os dois navios de patrulha oceânica encomendados pelo Governo em 2004, já deviam estar na água há três anos. E até estão. Mas parados e a ganhar ferrugem.
Em 2004 o ministro da Defesa, Paulo Portas, assinava com os estaleiros navais de Viana do Castelo um contrato para a construção de uma dúzia de navios para a Marinha Portuguesa. O governo preparava assim, a reforma das corvetas com mais de 30 anos e aproveitava para dar uma ajuda a uma empresa à beira da falência.
A construção naval portuguesa foi relançada, já que os estaleiros de Viana continuam a trabalhar. Mais atrasado está o reequipamento da Marinha. Os primeiros dois navios de patrulha oceânica deviam ter sido entregues em 2005, mas as embarcações terão sido equipadas com um motor desadequado à exigência de qualidade da Marinha. Depois deste, muitos outros equívocos, muitos outros atrasos numa obra naval que dura há quatro anos, em navios que se tornam velhos, muito antes de serem novos.
Pior é que enquanto os navios não ficam prontos, a Marinha desembolsa todos os anos «rios de dinheiro» na manutenção das corvetas, embarcações dos anos 70 que já deviam ter sido abatidas. De acordo com informações recolhidas pela TVI, as necessidades exigidas a um navio da armada podem ter sido mal calculadas num estaleiro que constrói sobretudo embarcações civis.
Num projecto que parece estar à deriva desde o início, o prazo agora previsto para o baptismo dos «patrulhões» aponta para 2009. A escolha da data, em cima das eleições, poderá ser apenas coincidência.
TVI

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