China admite condenar à morte responsáveis pelos motins

O governo chinês promete aplicar "punições severas" aos responsáveis pelos motins em Urumqi (província de Xinjiang) provocados por uigures, etnia de origem turca e muçulmana que representa a maioria (ameaçada) da população de Xinjiang.
As autoridades chinesas garantem terem morrido já 156 pessoas na sequência dos conflitos entre uigures e forças policiais, enquanto os líderes uigures apontam para 800 mortos. O número de detidos também é incerto: 1500 segundo as autoridades chinesas; entre 3 e 5 mil pelas contas dos uigures. "Tendo em conta as repressões anteriores e num ano em que se comemoraram 20 anos do massacre de Tiananmen, Pequim irá responder com mão pesada", diz Raquel Vaz-Pinto, prevendo que a pena de morte será "certamente aplicada" a muitos dos detidos.
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