sexta-feira, 21 de março de 2008

Exército português treina jornalistas para actuarem em zona de conflito

A Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra está a promover, em colaboração com o Centro de Formação da RTP, um curso que visa preparar jornalistas para desempenharem a sua função em cenários de conflito.
"Com este curso, podemos ver as asneiras que fizemos em muitos cenários reais e alertar consciências para que, no terreno, em cenário de conflito, não se tomem decisões que podem vir a ser erradas. É um curso de bom senso" disse à agência Lusa José Carlos Ramalho, repórter de imagem da RTP e coordenador da acção de formação.
Até quinta-feira, 14 jornalistas estão em regime de internato na Tapada de Mafra, numa formação essencialmente prática que abrange capítulos que vão desde a avaliação de risco e planeamento de reportagem até questões relacionadas com a sobrevivência e segurança pessoal.
Noções de socorrismo, deslocação em ambiente rural e urbano, atravessamento de fronteiras e barreiras de estrada ou o relacionamento com a população local entre várias outras valências, estão igualmente incluídas no programa do curso.
A formação inclui ainda um dia destinado a acompanhar, em permanência, os militares do Exército, dentro dos limites da Tapada, onde decorre um exercício que envolve cerca de 400 militares.
Ouvido pela agência Lusa, o coronel Guerra Pereira, comandante da Escola Prática de Infantaria de Mafra, disse que o curso permite aos jornalistas "conhecer equipamentos, técnicas e procedimentos que lhes permitem encarar de forma mais tranquila a sua sobrevivência".
Guerra Pereira destacou, igualmente, o "duplo sentido" da formação, frisando que ela permite ao Exército aprender a cumprir missões com jornalistas integrados nas forças militares.
In RTP

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