GOE - já treina cães contra sequestros

A nova Unidade Especial de Intervenção (UEI), pensada pelo Governo para albergar as forças especiais da PSP, já dá os primeiros passos. Quatro dos dez elementos, que ontem terminaram o 12º Curso do Grupo de Operações Especiais (GOE), receberam formação para trabalhar com cães-polícia, em situaões de resgate de reféns ou detecção de explosivos e outras substâncias.

A UEI, que ainda não tem data oficial de entrada em funcionamento, irá albergar, além do GOE, o Corpo de Intervenção, o Centro de Inactivação de Explosivos e o Corpo de Segurança Pessoal da PSP.

No futuro, as intervenções da UEI deixarão de ser individualizadas. Serão constituídas pelas várias valências representadas na Unidade.

Os quatro binómios, constituídos pelos tratadores e por cães da raça pastor belga, terão papel activo nestas novas equipas. “Durante o treino, constatou-se que os cães podem chegar a locais para detectar explosivos que os agentes não conseguem”, disse ao CM fonte policial.


Além disso, o papel dos binómios também foi considerado “fulcral” em situações de tomada de reféns. “O papel do animal, nestas situações, será o de transmitir ao tratador e aos coordenadores da operação uma visão de cenários difíceis de alcançar”, acrescentou o informador.

Ao que apurou o CM, a cada animal poderão mesmo ser acoplados sistemas de captação de imagens e som que, depois de analisados pelos responsáveis da operação, servirão para agilizar a intervenção da equipa da UEI responsável pela operação.
Os dez agentes formados no 12º curso do GOE juntaram-se já ao efectivo da unidade. A partir do início de 2008, estarão já aptos a cumprir missões em Timor-Leste, Congo, e Guiné-Bissau, países onde o GOE está presente, de protecção a embaixadas.
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