quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Golfinhos em missão militar

Mamíferos marinhos treinados para detectar intrusos em base naval


A segurança precisa de ser reforçada na base naval de Kitsap-Bangor, em Washington, porto para vários submarinos, barcos e laboratórios e que pode ser alvo de ataque para nadadores terroristas e mergulhadores, afirmou fonte da marinha americana. A notícia foi avançada pela CNN.
O plano da marinha seria enviar cerca de 30 leões marinhos da Califórnia e golfinhos-nariz-garrafa do atlântico, que fazem parte do plano náutico para mamíferos, para vigiar a zona.
«Estes animais possuem capacidades para fazer o que precisa ser feito neste tipo de missão», assegura Tom Lapuzza, porta-voz do plano náutico para mamíferos.
«Devido às óptimas habilidades sonoras que possuem, os golfinhos são muito eficientes a patrulhar por mergulhadores e nadadores. Quando detectam uma pessoa na água largam uma bóia como forma de aviso à equipa da marinha, a informar o local exacto onde esta poderá encontrar um mergulhador suspeito», explicou o responsável.
Os golfinhos também são treinados para detectar minas submarinas, como já o fizeram na base iraquiana de Umm Qasr, em 2003. A última vez que estes animais foram usados operacionalmente foi em San Diego, em 1996, quando vigiaram a baía local durante uma convenção Repúblicana.
Activistas estão contra


A marinha americana já quis enviar golfinhos para o norte do país, em 1989, confirmou o porta-voz do plano náutico para mamíferos, mas um juiz e vários activistas dos direitos dos animais ficaram preocupados acerca dos efeitos que as águas geladas iriam surtir nos animais.
Se forem enviados para Washington, os golfinhos serão colocados em recintos apertados e irão vigiar a costa apenas por períodos de duas horas.
Uma biológa marinha, e porta-voz de uma associação que defende tratamentos éticos para os animais, Stephanie Boyles, afirmou que os mamíferos marinhos não garantem um sistema de defesa seguro e que não podem ser mantidos em cercas fechadas.
«Os americanos merecem a melhor defesa possível e este não é o melhor método», rematou a bióloga ao acrescentar que «os golfinhos se distraem facilmente em mar aberto e não percebem as consequências do que pode suceder se não levarem a missão adiante», assegurou.
A marinha americana tem estado a treinar mamíferos marinhos desde os anos 60 e detém actualmente cerca de 100 golfinhos e leões marinhos. A maior parte destes animais encontra-se em San Diego mas cerca de 20 estão deportados na base naval submarina de Kings Bay, na Georgia.
In: Portgal Diário

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