ASPP diz que Polícia não tem condições

Sindicado diz que agentes «deram a vida» em Viana do Castelo para combater assaltantes


A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia saudou as declarações do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que reiterou a confiança nas forças da ordem, mas aproveitou para lembrar que as condições continuam a não ser as exigidas, segundo um comunicado enviado ao PortugalDiário.
«Lamentamos que a confiança demonstrada não passe de retórica, sem que tenha efeitos práticos na vida quotidiana dos polícias, que continuam sem condições de trabalho, ao nível dos meios, equipamentos e da sua própria condição profissional», frisa a direcção da ASPP/PSP.
Também é expressa a «apreensão» pelas declarações do secretário-geral adjunto do Gabinete Coordenador de Segurança, Paulo Gomes, que considerou a situação actual como «conjuntural»:
«Esta posição do Gabinete Coordenador de Segurança parece querer lançar a resignação na opinião pública, diariamente confrontada com estes acontecimentos, avançando com explicações sazonais para um fenómeno crescente no país, que ainda hoje conheceu mais um desenvolvimento, nomeadamente, em Viana do Castelo».
A Associação Sindical considera que esta posição «demonstra a ausência de estratégias para o combate a este tipo de criminalidade. Uma ausência que cria uma sensação de insegurança em toda a população, e a que os Profissionais da Polícia não são imunes».
Uma palavra, ainda, para elogiar a acção dos agentes envolvidos no tiroteio que se registou após um assalto a duas ourivesarias de Viana do Castelo. Isto porque os polícias deram «a própria vida» para procurarem «travar mais um grupo criminoso, mesmo com reduzidas condições ao nível dos equipamentos e materiais de trabalho».
leia mais:
Criminalidade está «dominada», diz ministro
Onda de crimes é conjuntural
In: PDiário