sábado, 8 de setembro de 2007

Militar baleado nos "rangers"


Um militar do Centro de Operações Especiais (COE) de Lamego foi ontem alvejado por um colega dentro do quartel. Conduzido ao hospital da cidade, o 1.º -cabo Lopes, de 23 anos, foi sujeito a uma intervenção cirúrgica para extracção do projéctil que se alojou na perna esquerda estando livre de perigo. O alegado agressor foi detido e isolado, no quartel de comando dos 'Rangers', devendo ser entregue para interrogatório à Polícia Judiciária Militar, no Porto.
Em declarações ao JN, o comandante da unidade, coronel Martins Pereira, confirmou que o incidente terá ocorrido por volta das 11 horas, no quartel da Cruz Alta, um dos três edifícios militares afectos ao COE de Lamego. Um alegado "desentendimento" entre os dois militares terá estado na origem da agressão com arma de fogo.
"Estavam a preparar-se para ir de fim de semana quando um deles sacou de uma arma de defesa, sua propriedade, disparando sobre o colega", relatou o comandante da unidade.
Sónia Exposto, chefe da equipa de Urgências do Hospital de Lamego, informou que a vítima apresentava três orifícios na coxa da perna esquerda, tendo-lhe sido extraída uma bala. O militar recebeu ainda tratamento a três feridas incisas na face - uma na região frontal e duas na temporal. Teve alta ao meio da tarde, altura em que regressou ao quartel.
O JN apurou, junto de militares do COE, que as desavenças entre agressor e agredido eram antigas e constantes. Sob anonimato, referem que o alegado agressor, 2.º-cabo na unidade, teria já apresentado uma queixa ao comando a denunciar maus tratos. "Há cerca de meio ano foi instruído um processo disciplinar ainda sem resultados", acrescentaram.
Texto de: Teresa Cardoso e Liliana Rodrigues
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