Combatentes exigem regresso dos mortos
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"É uma dívida de sangue que Portugal tem para com estes militares, que só tiveram direito a bilhete de ida. Está mais do que na hora de o País pagar o bilhete de volta para que estes heróis possam ser homenageados e chorados pelos seus familiares e amigos", frisou ao CM Augusto Freitas, presidente da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra (APVG), encarregue da organização das comemorações, que serão antecedidas por dois dias de convenção nacional sobre ‘A realidade histórica e sociológica da Guerra Colonial’.
O líder associativo denuncia situações de "vandalismo e horrores indescritíveis" praticados nos locais onde se encontram os restos mortais dos militares que ‘tombaram’ em combate nas antigas colónias de Angola, Moçambique e Guiné. "O regresso destes corpos é uma questão de respeito e de dignidade humana, que mobiliza todos os que estiveram em combate", sublinhouAugusto Freitas, reconhecendo a necessidade de garantir também maior dignidade aos sobreviventes, face aos problemas de stress pós-traumático de guerra, que tem levado ao afastamento de familiares e amigos.
"Infelizmente, convivemos diariamente com muitos heróis que andam a pedir esmola e de prato na mão à espera de comida, sobretudo em grandes cidades como Lisboa e Porto", denunciou o líder da APVG, que vai avançar com a construção de um lar e de um centro de dia em Braga, depois de o município local ter doado um terreno com 24 mil metros quadrados.
PROTESTOS
MAIS REFORMA
A contagem do tempo de serviço militar para efeitos de reforma dos antigos combatentes e os valores do complemento de pensão motivam também protestos das jornadas de luta da Federação, que integra as associações APVG, APOIAR, AECB, ANCU, APECM e ASCVECU.
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