NATO expulsa espiões russos
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O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros reagiu com desagrado à notícia da expulsão: "Esta acção insultuosa contradiz declarações das chefias da NATO sobre a sua pretensa disponibilidade para normalizar relações com a Rússia." O comunicado da diplomacia de Moscovo classifica a decisão da Aliança Atlântica como "uma provocação" levada a cabo por "forças não interessadas em impulsionar a actual tendência para melhorar relações".
Um dos diplomatas envolvidos no escândalo é filho de Vladimir Chizhov, enviado da Rússia junto da União Europeia. Ao contrário do que referiram alguns órgãos noticiosos, o ‘The Financial Times’, que avançou a notícia, nega que os russos sejam suspeitos de ligação ao caso de espionagem que valeu, em Fevereiro, uma condenação de 12 anos de cadeia a Herman Simm, alto responsável diplomático da Estónia, antiga aliada soviética. Simm, de 61 anos, confessou ter entregado milhares de documentos secretos aos serviços de informação russos a troco de cerca de cem mil euros. Detido em Setembro, confessou ainda ter sido recrutado pelo KGB em 1970 e depois chantageado pelo SVR, sucessor do serviço de espionagem internacional soviético, para continuar a fornecer informações à Rússia. As suas acções puseram em causa a segurança da NATO e também da União Europeia, referiram fontes em Bruxelas.
Apesar da ausência de laços directos entre os dois casos, o envolvimento de Simm com a Rússia terá pesado na decisão da NATO de tomar medidas de força com os diplomatas russos.
PORMENORES
COOPERAÇÃO DIFÍCIL
A cooperação formal NATO//Rússia foi assinada em 1997, em Paris, e estabelece que ambos os lados não se encaram como adversários.
NOVA GUERRA FRIA
Em 2007, a Rússia retoma os voos de patrulhamento sobre águas internacionais no Atlântico, interrompidos durante 15 anos.
QUERELA RECENTE
A NATO condena o reconhecimento, pela Rússia, em Agosto de 2008, da soberania da Abkhazia e da Ossétia do Sul.
CorreioManhã
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