quinta-feira, 12 de julho de 2007

"Ali, o Químico" poderá ser executado no Curdistão

O Governo iraquiano estuda a hipótese de executar Ali Hassan al-Majid, conhecido como “Ali, o Químico”, no Curdistão, se a pena de morte a que foi condenado pelo massacre de civis curdos, em 1988, for confirmada em recurso.


No mês passado, Majid, primo do antigo Presidente iraquiano Saddam Hussein, foi condenado à pena capital por genocídio, crimes de guerra e crimes contra humanidade, pela campanha de execuções em massa e gaseamento de civis curdos, numa operação baptizada de Al-Anfal. Segundo as organizações de defesa dos direitos humanos perto de cem mil civis perderam a vida nesta operação, mas as autoridades curdas falam em 182 mil mortos.
Outros dois dirigentes do antigo regime iraquiano foram condenados à morte pelo Tribunal Especial iraquiano, no culminar de um processo seguido com grande atenção pela população curda.


Após a condenação de “Ali, o Químico” – que deve precisamente a alcunha à campanha contra os civis curdos – foram várias as vozes a exigir que a execução tenha lugar na região autónoma do Curdistão. No entanto, os analistas avisam que a iniciativa pode reforçar a ideia de vingança, alimentando a revolta da comunidade sunita – a que Ali, tal como Saddam pertencia –, dominante durante o anterior regime, mas que nos últimos anos se queixa de discriminação por parte das novas autoridades iraquianas.
In

Sem comentários: