NATO e Rússia entendem-se sobre desarmamento na Europa

Os 26 membros da Aliança Atlântica (NATO) e a Rússia deixaram hoje pela primeira vez patente a vontade de ultrapassar meses de divergências sobre o tratado das Forças Convencionais na Europa (FCE) e reduzir os arsenais não nucleares.
Na sequência da reunião NATO-Rússia que decorreu hoje em Bucareste - no último dia da cimeira da organização - e depois de ouvir os argumentos do Presidente Vladimir Putin, a chanceler alemã, Angela Merkel convidou os 26 a chegar a entendimento sobre o FCE (1990).
A dignitária democrata-cristã classificou a Rússia de «parceira» e sublinhou o imperativo de se «acabar com mal-entendidos e reservas».
«A NATO não está contra alguém e muito menos contra a Rússia», frisou.
O Tratado FCE, subscrito no final da Guerra-Fria e modificado em 1999, é considerado a pedra angular do desarmamento e segurança no Velho Continente.
A sua sobrevivência está em causa desde que Moscovo decidiu, em Dezembro, suspender unilateralmente a participação devido à intenção norte-americana de instalar valências do sistema anti-míssil (NMD) na Europa de Leste.
Putin, satisfeito com o desenrolar dos trabalhos, reconheceu que ficou «com a impressão de ter sido efectivamente escutado».
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